Alguns artistas não merecem só notinhas, matérias e coisas do tipo. Seria um desperdício escolher só algumas informações e publicar. Para essas pessoas, a velho e sempre útil formato simples de entrevista é a melhor opção. Rafael Castro é uma dessas pessoas. Confira aí a entrevista que eu fiz com o cara e ouça as músicas dele aqui. Se você não sabe quem é Rafael Castro, leia aqui o que já foi publicado sobre o cara no Espora.
Como funciona seu processo de composição? São 8 discos em menos de 4 anos!
Cada música vem de um jeito diferente. Às vezes eu converso com alguém e faço um resumo dessa conversa, às vezes vejo alguma coisa na TV que me provoca, às vezes eu bebo e fico me achando artista e às vezes não tenho nada pra fazer e começo a brincar aqui de tocar e escrever até que sai alguma coisa que eu acho que é aproveitável e vira canção. O grande lance é ter bastante tempo livre e bastante amigos que paguem nossa conta no bar.
Como são feitas suas gravações?
Até o Raiz, gravei tudo com microfone de PC, aqueles de plástico que vêm com a máquina. No final do estatuto emprestei aqui uma mesa de som e uns microfones pra dar uma brincada e achei que a sonoridade deu uma boa melhorada. Daí adotei e agora estou gravando assim. Uso só microfones e a mesa de som ligada direto na placa, sem processadores ou prés. A sonoridade e a timbragem eu faço mais no próprio instrumento e captação, depois dou uma ajustada com o software pra “desmascarar” o que for preciso ou boto algum efeito que convenha. Guitarra, voz e percussões com microfone normal; baixo e teclado direto na mesa e bateria com 4 overes. Mixo com Cool Edit Pro 2.0 e masterizo com T-Racks 3.
Gravar em casa funciona bem? Por que não em um estúdio?
Tempo atrás a coisa era realmente muito tosca e a idéia era mais fazer um registro e compartilhar as canções com os amigos ou com quem se interessasse. Hoje em dia já acho que funciona bem e não sinto necessidade de estúdio, até por comparar minhas gravações com as de amigos que fizeram em estúdio e achar que fica tudo elas por elas. Também tem o lance de eu não gastar nada e ter quanto tempo eu quiser pra fritar em cima da sonoridade, mudar, refazer...
Como funciona seu processo de distribuição desse material?
A distribuição é totalmente gratuita através da página do Myspace. Divulgo só pros amigos do Myspace mesmo com propagandas toscas e o resto fica por conta dos amigos irem recomendando ou pelos curiosos que se dão ao trabalho de conhecer o som e acabam gostando. Os downloads até que vão bem. Desde o ano passado já foram mais de 2000 e é bacana ver as pessoas já conhecendo as músicas nos shows ou qualquer lugar. Meti lá um PayPal pra donativos, pra quem gostasse e quisesse dar uma força, mas até agora não ganhei nem um realzinho. Porcaria!
Já pensou em tentar um selo, gravadora ou algo do tipo?
Devo gravar em estúdio ainda esse ano e lançar por algum selo, gravadora ou algo do tipo, mas isso é coisa que ainda tem algum chão pra ser percorrido antes de se cantar a bola.
Você acha que o mercado fonográfico vai morrer e por isso distribui suas canções de graça pela internet?
Bom, acho que não é bem assim. O mercado fonográfico só não concentra mais a renda na venda de discos; ainda existe, mas é bem menos do que era antes de internet e pirataria, como é sabido. Mercado fonográfico vai bem forte com outros meios de se vender a coisa: dar a música, em princípio, é apenas parte da venda do artista em outros veículos. Minha distribuição é gratuita porque, por enquanto, o gratuito é a única forma de distribuir sozinho, sem uma companhia pra fazer o serviço. Isso pode mudar daqui um tempo porque a idéia agora é só apresentar, não há um plano de “negócio”.
Como você paga suas contas?
Trabalho com música. Gravo propaganda pra rádio, comercial de TV, faço acústico em boteco, show com banda cover, gravo demos pra bandas novas, jingle de campanha política e por aí vai. Quando não tem serviço, jogo pôquer e ganho.
Se pensarmos em valores, quanto você gasta com cada disco que você lança?
Não gasto nada. Tudo que eu uso é meu ou de amigos que emprestam as coisas porque curtem o som e acham bacana dar aquela força.
Já pensou em usar esporas?
Se a mulher pedir a gente faz um esforço, né?
Vem mais disco ainda esse ano?
Vem, sim. Estou gravando já um disco com uma estética meio anos 80 que por enquanto leva o nome de “Aquele Embalo”: canções simples com refrão e guitarrinhas miúdas. Sai em 2 meses, no máximo.
Os últimos dois vieram apenas com 7 músicas cada. Você ta diminuindo a quantidade só para aumentar os títulos da discografia?
A idéia do Raiz e do Estatuto do Tabagista é funcionar como um disco só, em que uma parte é oposta a outra, mas não caberia fazer como um álbum porque não seria nada coeso, daí a razão de serem separados. No fim das contas é um pacote de 14 músicas, como um disco de extensão normal.
De onde vem os nomes dos discos?
Dos gibis, quase sempre.
Cada música vem de um jeito diferente. Às vezes eu converso com alguém e faço um resumo dessa conversa, às vezes vejo alguma coisa na TV que me provoca, às vezes eu bebo e fico me achando artista e às vezes não tenho nada pra fazer e começo a brincar aqui de tocar e escrever até que sai alguma coisa que eu acho que é aproveitável e vira canção. O grande lance é ter bastante tempo livre e bastante amigos que paguem nossa conta no bar.
Como são feitas suas gravações?
Até o Raiz, gravei tudo com microfone de PC, aqueles de plástico que vêm com a máquina. No final do estatuto emprestei aqui uma mesa de som e uns microfones pra dar uma brincada e achei que a sonoridade deu uma boa melhorada. Daí adotei e agora estou gravando assim. Uso só microfones e a mesa de som ligada direto na placa, sem processadores ou prés. A sonoridade e a timbragem eu faço mais no próprio instrumento e captação, depois dou uma ajustada com o software pra “desmascarar” o que for preciso ou boto algum efeito que convenha. Guitarra, voz e percussões com microfone normal; baixo e teclado direto na mesa e bateria com 4 overes. Mixo com Cool Edit Pro 2.0 e masterizo com T-Racks 3.
Gravar em casa funciona bem? Por que não em um estúdio?
Tempo atrás a coisa era realmente muito tosca e a idéia era mais fazer um registro e compartilhar as canções com os amigos ou com quem se interessasse. Hoje em dia já acho que funciona bem e não sinto necessidade de estúdio, até por comparar minhas gravações com as de amigos que fizeram em estúdio e achar que fica tudo elas por elas. Também tem o lance de eu não gastar nada e ter quanto tempo eu quiser pra fritar em cima da sonoridade, mudar, refazer...
Como funciona seu processo de distribuição desse material?
A distribuição é totalmente gratuita através da página do Myspace. Divulgo só pros amigos do Myspace mesmo com propagandas toscas e o resto fica por conta dos amigos irem recomendando ou pelos curiosos que se dão ao trabalho de conhecer o som e acabam gostando. Os downloads até que vão bem. Desde o ano passado já foram mais de 2000 e é bacana ver as pessoas já conhecendo as músicas nos shows ou qualquer lugar. Meti lá um PayPal pra donativos, pra quem gostasse e quisesse dar uma força, mas até agora não ganhei nem um realzinho. Porcaria!
Já pensou em tentar um selo, gravadora ou algo do tipo?
Devo gravar em estúdio ainda esse ano e lançar por algum selo, gravadora ou algo do tipo, mas isso é coisa que ainda tem algum chão pra ser percorrido antes de se cantar a bola.
Você acha que o mercado fonográfico vai morrer e por isso distribui suas canções de graça pela internet?
Bom, acho que não é bem assim. O mercado fonográfico só não concentra mais a renda na venda de discos; ainda existe, mas é bem menos do que era antes de internet e pirataria, como é sabido. Mercado fonográfico vai bem forte com outros meios de se vender a coisa: dar a música, em princípio, é apenas parte da venda do artista em outros veículos. Minha distribuição é gratuita porque, por enquanto, o gratuito é a única forma de distribuir sozinho, sem uma companhia pra fazer o serviço. Isso pode mudar daqui um tempo porque a idéia agora é só apresentar, não há um plano de “negócio”.
Como você paga suas contas?
Trabalho com música. Gravo propaganda pra rádio, comercial de TV, faço acústico em boteco, show com banda cover, gravo demos pra bandas novas, jingle de campanha política e por aí vai. Quando não tem serviço, jogo pôquer e ganho.
Se pensarmos em valores, quanto você gasta com cada disco que você lança?
Não gasto nada. Tudo que eu uso é meu ou de amigos que emprestam as coisas porque curtem o som e acham bacana dar aquela força.
Já pensou em usar esporas?
Se a mulher pedir a gente faz um esforço, né?
Vem mais disco ainda esse ano?
Vem, sim. Estou gravando já um disco com uma estética meio anos 80 que por enquanto leva o nome de “Aquele Embalo”: canções simples com refrão e guitarrinhas miúdas. Sai em 2 meses, no máximo.
Os últimos dois vieram apenas com 7 músicas cada. Você ta diminuindo a quantidade só para aumentar os títulos da discografia?
A idéia do Raiz e do Estatuto do Tabagista é funcionar como um disco só, em que uma parte é oposta a outra, mas não caberia fazer como um álbum porque não seria nada coeso, daí a razão de serem separados. No fim das contas é um pacote de 14 músicas, como um disco de extensão normal.
De onde vem os nomes dos discos?
Dos gibis, quase sempre.
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